28 abril, 2012

Estátuas do Rio - Pixinguinha


Endereço: Travessa do Ouvidor
Peça: Estátua
Data: 1995
Artista: Otto Dumovich
Material: Bronze

RESUMO DA HISTÓRIA DA ESTÁTUA E DO ESCULTOR

Estátua em bronze patinado com 1,7m de altura, pesando cerca de 500kg. A obra teve como modelo a escultura do músico que fez parte de uma das peças executadas pelo escultor para exposição “Tributo aos Metais do Museu da República. O trabalho foi baseado na foto de um famoso ensaio de Pixinguinha fez em Nova York em 1969. Otto Dumovich vive em Maricá (Rio de Janeiro), num recanto tranquilo e cercado de verde. Otto é produtor cultural, por quase 25 anos foi apontado como um dos principais desenhistas do país. Um belo dia comprou um saxofone, aprendeu a tocar o instrumento, apaixonou-se pela música e, tomado por essa paixão, acabou se lançando no mundo das esculturas. 



RESUMO DO HOMENAGEADO

Alfredo da Rocha Viana Filho, também conhecido como "Pixinguinha" (23/04/1897 - 17/02/1973) , foi um flautista, saxofonista, compositor, instrumentista e arranjador musical, brasileiro. Ele é considerado um dos maiores compositores da música popular brasileira (MPB), e um dos que, solidamente, contribuiu para o amadurecimento e estabilidade do "choro" no cenário musical do país.

Pixinguinha, sempre esteve rodeado de músicos em sua família, e teve contato auto-didata desde cedo com os instrumentos e partituras do pai e dos irmãos, tendo começado a vida artística desde cedo pelos cabarés da Lapa, no Centro do Rio de Janeiro.

Compôs diversos choros e sambas, inspirados na polca e no jazz norte-americano, que fazem sucesso até os tempos atuais. Teve muitos parceiros de palco, gravando diversas canções com os mais variados estilos musicais, mas sem nunca perder a base do seu amor, o chorinho. Gravou e/ou participou, de doze albúns em toda sua carreira.

Pixinguinha, faleceu dentro da Igreja Nsa. Senhora da Paz, em Ipanema, quando se preparava pra ser padrinho de um batizado, passou mal, foi levado a um hospital, mas acabou falecendo logo em seguida de infarto fulminante, à essa época, Pixinguinha já era viúvo e tinha um filho. Ele se encontra repousando, no cemitério de Inhaúma (Zona Norte do Rio).


CURIOSIDADES

"Pixinguinha", veio da combinação de outros dois apelidos, "pizindim", dado por sua avó, que era africana, e "Bexiguinha", herdado ao contrair varíola (bexiga), que deixou marcas, em seu corpo.

De repente, a esposa de Pixinguinha, dona Betty precisou ser internada no Hospital do Iaserj. Pixinguinha não absorveu o choque, enfartou e acabou socorrido no mesmo hospital. Com medo que o estado de sua mulher piorasse, combinou com o filho (Alfredinho) não contar o enfarte a ela. Todos os dias, no horário de visita, Pixinguinha deixava o leito, vestia o terno e o chapéu, e, acompanhado do filho, ia ver a esposa levando-lhe um buquê de flores. Depois, voltava para o próprio quarto de doente, na cardiologia, e prosseguia com o tratamento.

Altas horas da noite, voltando de uma apresentação, Pixinguinha foi cercado por três assaltantes. Depois de entregar o dinheiro e explicar que carregava a sua flauta no estojo, ele foi reconhecido pelos criminosos, que, com um pedido de desculpas, devolveram-lhe o dinheiro. Fizeram mais: decidiram escoltá-lo até sua casa. No caminho, porém, o grupo parou numa birosca que abria as portas muito cedo, ainda de madrugada. O inusitado encontro acabou em muito samba e cachaça, por conta – imagina - do cachê que o músico havia recebido anteriormente na noite.



LOCALIZAÇÃO

A  estátua que homenageia o Pixinguinha, está localizada na Travessa do Ouvidor, no Centro do Rio de Janeiro, antigo reduto preferencial do músico, aonde ele costumava reunir os bambas do samba e do choro carioca, para conversar, tocar, cantar e claro, beber.



MAIORES INFORMAÇÕES SOBRE A ESTÁTUA E HISTÓRIA DO HOMENAGEADO

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